Pesquisas
que investigam as condições de orientação, a qualidade do
relacionamento entre orientador e orientando e os impactos desse
relacionamento na vida dos orientandos são escassas. Além disso, os
programas de pós-graduação enunciam descrições imprecisas e vagas, sem a
apresentação de quais seriam as funções, atividades, deveres e condutas
de orientadores e de orientandos. Assim cada orientador acaba desempenhando suas funções à sua maneira, como lhe convém, guiando-se por experiências passadas ou por justificativas carregadas de juízos de valor.
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É preciso ter bastante atenção, pois o
título de doutor não assegura o domínio das aptidões necessárias para o
processo de orientação, nem todo doutor é
pesquisador, na verdade a grande maioria dos doutores encerra sua carreira de
pesquisador ao obter a titulação. Um pesquisador
é um profissional que desenvolve com regularidade a atividade de campo
dentro de um processo continuado de geração de conhecimento ao longo de
sua vida acadêmica. Apesar da experiência em pesquisa, não se pode esquecer que o processo de orientação não se restringe a parte metodológica. Por isso, pode ser muito interessante adotar modelos de orientação em cursos de graduação e pós-graduação e/ou treinar docentes para se tornarem mentores ou líderes.
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Modelo de Orientação Baseado em Mentoria.
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Modelo de Orientação Baseado em Liderança.
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Os modelos apresentados foram baseados em uma pesquisa* com orientadores de mestrado e doutorado, cujo objetivo era apontar soluções para melhorar a qualidade da orientação dos docentes. Se existe algum modelo adotado na sua universidade, você é um dos poucos que não vai precisar dessas 10 dicas para escolher um orientador:
- escolha um orientador pela experiência de orientação e escrita científica. Um bom orientador deve ter autonomia de pesquisa depois do doutorado, propondo e participando de projetos de pesquisa, além de possuir publicações individuais.
- desconfie se ele é co-autor em muitas publicações depois do doutorado.
- pesquise informações sobre o orientador com ex-alunos, professores e alunos de graduação.
- desconfie se o seu orientador concluiu o mestrado em mais de 2 anos e doutorado além de 4.
- desconfie caso seu orientador não esteja supervisionando graduandos, pode ser um sinal que ele é um péssimo professor.
- desconfie quando seu orientador apenas elogia o seu trabalho e não critica seus relatórios de forma aprofundada, ele pode não estar lendo nada do que você escreve.
- mantenha-se firme com os problemas e seja transparente com a coordenação informando-a desde o início qualquer problema com a orientação.
- troque de orientador imediatamente caso não tenha confiança na orientação ou não tenha um plano de trabalho nos primeiros meses de curso.
- não perca tempo com um orientador ruim, troque logo no início para não correr o risco de perder o prazo da qualificação.
- comunique a pró-reitoria de pós-graduação da sua universidade se a coordenação do programa for conivente com tudo isso.
obrigado por esta publicação!!
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